Friday, December 3, 2010

'Os Maias' em audiolivro



No site cuja ligação se apresenta nesta página é possível descarregar os ficheiros áudio que contém o texto de Os Maias lido na íntegra. Não está em MP3; mas é fácil depois converter o ficheiro para este formato. Contudo: ATENÇÃO! A audição dos ficheiros áudio deve ser acompanhada com a leitura do texto.

Eis o sitezinho, que é uma preciosidade:
http://ebooksgratis.com.br/livros-ebooks-gratis/audiobooks-e-arquivos-de-audio/audiobook-os-maias-eca-de-queiroz/

Este ficheiro áudio está no domínio público; portanto, não é «pirata».

Podem converter em MP3 este ficheiro com o «Switch sound file converter», que se pode descarregar em:

Boa audição.

Sunday, February 17, 2008

Inovar Tejo – A fazer do rio a ponte para o futuro




Um grupo de alunos da turma C do 12º ano da Escola está a desenvolver um projecto centrado na vila de Azambuja e que se integra no Concurso “Cidades Criativas”, dinamizado pela Universidade de Aveiro e pela Associação Portuguesa de Planeadores do Território. Este concurso, destinado aos alunos da disciplina de Área de Projecto do 12º ano, tem um âmbito nacional e o seu principal objectivo é lançar um debate sobre as cidades e vilas portuguesas, sempre numa óptica de inovação criativa.

O projecto de Daniela Ferreira, Daniela Santos, Mónica Nunes, Ana Filipa Heitor e José Narciso intitula-se “Inovar_Tejo” e visa caracterizar a relação entre o rio Tejo e a vila de Azambuja, apontando formas de potenciar este recurso. Além disso, pretende-se promover a melhoria da qualidade de vida da população, formulando propostas de criação de espaços mais humanizados.

Com esta iniciativa procuram os seus dinamizadores descobrir as potencialidades do rio Tejo e os possíveis benefícios que este pode trazer para a vila. Para isso, querem caracterizar, analisar e apresentar propostas que permitam potenciar a Vala Real e área envolvente. Os alunos apelam à sua colaboração. Visite o sítio do projecto em inovar_tejo.blogs.sapo.pt.


Monday, January 21, 2008

Sunday, January 20, 2008

Concurso de fotografia



O concurso de fotografia da escola foi um êxito. Depois de muitos flashes disparados, os alunos deram-nos a conhecer a nossa Escola em novos ângulos e novas tonalidades. A fotografia vencedora, da autoria da aluna Rute, do 12º D, foi a primeira classificada. Reproduzimo-la aqui.


Resultados do Pedipaper

O pedipaper que se realizou no passado dia 15 de Janeiro, dia da Escola, animou alunos e professores. Entre risos, alarido, confusões, competição fervorosa, ficaram os resultados:


Saturday, January 19, 2008

'Mensagem' de Pessoa: poemas comentados



Este site contém todos os poemas da Mensagem, de Fernando Pessoa, comentados e brevemente analisados:


A informação é resumida e útil. Limita-se quase exclusivamente a questões de conteúdo.

Friday, January 18, 2008

Audiolivro de 'Os Maias'



Acompanha a leitura de Os Maias ouvindo o romance neste audiolivro:




Faz a experiência e deleita-a a ouvir e a ler, simultaneamente, o romance de Eça.

Sunday, December 9, 2007

DISCRIMINAÇÃO SEXUAL: argumentando à guisa de António Vieira

A composição que se segue é umtexto argumentativo escrito com base no “Sermão de Santo António”, do Padre António Vieira. Actualizou-se esta obra aos problemas dos nossos dias.

Nos dias de hoje é muito comum falar-se de um problema que, no passado, era uma prática corrente e generalizadamente aceite na sociedade: a discriminação e exploração das mulheres.

As mulheres ainda hoje são consideradas, em vários países e em vários pontos de Portugal, objectos de trabalho. São exploradas, e o seu esforço não é devidamente reconhecido nem recompensado. Essa falta de reconhecimento acontece por vezes até no seu papel de mães. Será possível que o homem seja tão cego e egoísta com as mulheres ao ponto de as ver apenas como seres procriadores? Neste caso concreto o homem nunca será parecido com o cavalo-marinho ou com a tilápia, que fertilizam cuidadosa e carinhosamente os ovos das suas fêmeas. Para o homem, a mulher desempenha ainda o papel principal, se não mesmo o papel exclusivo, na reprodução. Assim, o homem podia seguir o precioso conselho destas duas espécies aquáticas e ser mais prestável e atencioso com a sua fêmea, tanto no momento da fecundação, como no do parto e como ainda nos demais momentos da vida.

É certo que em zonas mais desenvolvidas as pessoas deixam de ver a mulher como um objecto e com menosprezo. Hoje em dia é muito comum ver mulheres a trabalhar, a chefiar e até a deixar de depender do elemento do sexo oposto para viver. Apesar da situação estar minimamente controlada, ainda há casos muito graves, onde a mulher é maltratada e explorada. Existem situações, infelizmente, muito comuns nos nossos dias que demonstram a triste situação da Mulher na nossa sociedade, situações tais como a violações, a prostituição, a violência doméstica, entre outras.
Talvez os humanos sejam inteligentes e não saibam aproveitar convenientemente esse atributo tão importante e precioso que é a razão. Os peixinhos fêmea nem imaginam a sorte que têm de ter machos tão prestáveis e sem pensamentos de posse ou violência. Podemos esperançar-nos de que algum dia os homens mergulharão num mar ou rio para observar e analisar o comportamento dos pequenos seres que lá vivem.

Maria Inês Martins, Filipa Texugo, Ana Maria Sousa e Fábio Rodrigues, 11º C.
(IMAGENS: ao cimo, uma tilápia; em baixo, retrato de António Vieira.)

Saturday, December 8, 2007

A violência doméstica (artigo de opinião)



Cada vez mais mulheres são vítimas de maus tratos em Portugal. Todos os dias estas mulheres são espancadas brutalmente pelos maridos, que muitas vezes chegam a casa embriagados. No entanto não são só as mulheres que sofrem espancadas pelos seus cônjuges. Também existem casos de homens que são agredidos pelas companheiras.

A falta de apoio e compreensão por parte das autoridades já levaram mulheres a morrer vítimas de maus tratos. Mas o que pode levar alguns homens a agredirem as mulheres? Talvez crises entre o casal, problemas financeiros ou problemas psicológicos do agressor. Seja quais forem as razões, nada justifica que se agridam mulheres e, por vezes, crianças inocentemente.

Será que dá prazer agredir alguém? Será que as vítimas continuam a amar os companheiros? Será que alguém que é agredido conseguirá manter a serenidade psicólogica? Concluímos que estas atitudes são de grande um grande desiquilíbrio e razão alguma a pode justificar, já que magoar alguém psicológica e fisicamente é um acto desumano. Quando vejo um colega meu ou amigos magoados a única coisa que me passa pela cabeça é ver se ele está bem. Não consigo pois compreender como se pode espancar alguém e não sentir remorsos. Numa relação entre duas pessoas, onde a confiança, o amor, a fidelidade e a amizade devem existir, não faz sentido haver violência entre ambos. Nos casos em que existem crianças, estas são as que mais ficam afectadas psicologicamente. Será que é bonito ver os nossos pais, as duas pessoas de quem mais amamos, em conflitos que envolvem violência? Decerto que não!

A violência doméstica não pode continuar a existir. Há que fazer algo para a impedir! O que há a fazer é ajudar as pessoas que são vítimas de maus tratos e não ter pena delas. Vamos ajudá-las a ter uma vida melhor. Vamos compreender o sofrimento destas pessoas e dar-lhes o nosso apoio!

Joana Graça nº13 e Ana Margarida Pereira nº5, 8ºA

Thursday, November 15, 2007

Violência doméstica: um flagelo a erradicar (artigo de opinião)




A violência doméstica é um fenómeno humilhante de que muita gente é vítima ainda hoje, no século XX. Este crime é traumatizante para quem o sente na pele.

Muita gente vive sofrendo em silêncio a dor de um casamento de amargura. Por medo ou vergonha, muitas pessoas preferem calar-se e não denunciarem os seus agressores, continuando e prolongando esta angústia. Quantas mulheres chegam a casa fatigadas de um dia de trabalho e vêem a pessoas que amavam e com quem construíram uma família, dirigindo-se a elas e, em vez de lhes darem um beijo carinhoso, dão-lhes uma chapada e agridem-nas violentamente. As causas da violência doméstica sobre os companheiros são: o alcoolismo, as frustrações e a raiva acumulada, os problemas psicológicos ou os problemas familiares graves.


Já pensou se estivesse nesta situação? Já pôs a hipótese de um dia a pessoa que ama agir assim consigo? Ao ver um dos pais sofrer, os filhos também acabam por sofrer e muitos também são agredidos. Estes casos são totalmente lamentáveis e todos os agressores deveriam ser punidos. Os autores deste crime só podem ser pessoas sem moral nem escrúpulos para fazer este tipo de coisas ao seu cônjuge. Tal situação deveria ser eliminada da sociedade, para que mais ninguém vivesse este sofrimento.


As mulheres agredidas estão diariamente sujeitas a esta humilhação e a esta dor. Façamos algo para terminar com esta situação repugnante. Temos de denunciar as situações de violência doméstica que conhecemos.


Cláudia Belo Nº10 e Mariana Mota Nº16 do 8º A

Saturday, November 3, 2007

Alunos levantam-se contra a pobreza



No passado dia 17 de Outubro, mais de quinhentos alunos, funcionários e professores da Escola Secundária com 3º ciclo de Azambuja levantaram-se simbolicamente contra a pobreza em Portugal e no Mundo. A iniciativa enquadrou-se na campanha mundial "Levanta-te contra a pobreza", que em Portugal foi organizada pela pela plataforma de ONGs "Pobreza Zero".

Esta iniciativa, que foi seguida em várias escolas e instituições do país, procura sensibilizar as pessoas para o problema da pobreza. Cada vez há mais pessoas por todo o mundo com carências graves de vária ordem (comida, educação, cuidados médicos), e este é um problema que pode ser combatido com a participação de todos. É inaceitável que continuem a morrer anualmente milhares de pessoas no mundo inteiro vítimas da pobreza. E a situação tende e agravar-se.

Esperemos que nos próximos anos os números da pobreza diminuem e que a fome e a falta de cuidados médicos se venham a extinguir um dia.
Bruna Matias, 8º B

Saturday, March 24, 2007

"As palavras", de D. Angelina


As palavras
Podem ser ditas com amor e desamor
Com amizade e ternura
Mas quando ditas com rancor
São fel, sem amizade sem doçura


As palavras
Podem ser humor
Transmitem o que nos vai na alma
Paz, tranquilidade
Quando ditas com calma
Mas ditas com cinismo
Podem fomentar guerras
E até pôr a humanidade à beira do abismo

As palavras
Podem ser cristalinas
Belas e transparentes
Mas podem ser mordazes
Cheias de maldade

As palavras são capazes
Do melhor e do pior
Podem transmitir a morte
A tristeza o desgosto
Podem trazer felicidade
Transmitir a sorte
Anunciar a calamidade
Que nos leve ao desnorte

Uma palavra carinhosa
Pode nos trazer a paz interior
Paz de espírito e de alma
Pode ser um bálsamo
Uma coisa celestial
Mas ditas com rancor
Podem ser um punhal
Que se torne mortal
Ou trazer-nos a desdita

A palavra tem muita força
Depende por quem for dita.


(Poema escrito pela D. Angelina com base no poema homónimo de Eugénio de Andrade. O quadro intitula-se Cidade.)

"As palavras", de Eugénio de Andrade


As palavras
São como um cristal,
as palavras.
Algumas, um punhal,
um incêndio.
Outras,
orvalho apenas.

Secretas vêm, cheias de memória.
Inseguras navegam:
barcos ou beijos,
as águas estremecem.

Desamparadas, inocentes,
leves.
Tecidas são de luz
e são a noite.
E mesmo pálidas
verdes paraísos lembram ainda.

Quem as escuta? Quem
as recolhe, assim,
cruéis, desfeitas,
nas suas conchas puras?

Wednesday, February 14, 2007

Poesia para dia do Amor (14.2.07)


Os textos poéticos que se seguem são acompanhados pelo nome do seu autor ou por um pseudónimo.
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Traço sozinha, no meu quarto, o que sinto e penso acerca de tudo o que nós mulheres sofremos por amar alguém.
Por vezes, amamos quem não nos quer e magoamo-nos. Por vezes, amam-nos quem nós não queremos e magoamo-los. Será que há algum sentido em amar? Há pessoas que têm facilidade em amar e serem amadas. Há outras que amam mas não são amadas. Existe ainda as que são difíceis. Eu sou uma das mulheres difíceis que não se apaixonam facilmente. Para mim, ele tem de ser perfeito, não só fisicamente, mas mentalmente. Tem de ser alguém com cabeça fria, forte por dentro, que aguente qualquer choque psicológico.
Sou muito exigente e não tenho pressa para me apaixonar a sério, por isso não posso dizer que estou feliz no dia de S. Valentim.
Mas espero que um dia possa dizer a alguém o que sinto e receber um gesto sincero em troca.
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Green Day
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És tudo para mim, és a dona da minha mente.
Sente o meu amor bebé, a fluir continuamente.
Por ti faço coisas que jamais alguém faria,
Era capaz de mudar, transformar o meu dia-a-dia.

Se isto é poesia, eu sou o teu poeta,
Se a vida é uma corrida, és tu a minha meta.
Se o o mundo fosse um reino, tu eras a princesa,
Se o paraíso existir tu serás a minha Deusa.

Não sei o que dizer, de uma dama tão querida,
Tu já está cá dentro e fazes parte da minha vida,
A rima que escrevo é a minha filosofia,
E tu és aquela que quero na minha companhia.

Sartre
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O mundo é feito por nós…
Feito por aquilo que somos, por aquilo que construímos ao longo do tempo…
Feito de pequenos mundinhos criados naturalmente em nós…
O nosso mundo é feito de pedacinhos que nos completam,
Pedacinhos criados pelas pessoas que entram nas nossa vidas,
Pelos sentimentos que despertam em nós…
E quando se encontram pessoas especiais, como tu…
Este torna-se repleto de cores,
Cores que vão muito além de meras percepções visuais.
Cores que na verdade são sentimentos,
Sentimentos que brotam e nos tocam na parte mais importante de nós,
Que nos toca o coração
Esta é a descrição simples do nosso “pequeno” mundo.

Joana Gonçalves

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Solidão,
Que sentimento mais antigo
Nem a noite que traz a escuridão
Esconde o desejo de estar contigo.

Santiago

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Gosto de ti não apenas pelo que és, mas pelo que sou quando estou contigo. Uma emoção imensa percorre-me a alma, sinto um vazio preenchido e acima de tudo, sinto-me amada.
Tornaste-te na suficiência do meu existir e deste-me a razão pela qual amo a vida acima de tudo, razão essa da minha vida seres tu!

Jessica Teixeira.

(A pintura é de Gustav Klimt e intitula-se O Beijo)

Sunday, February 11, 2007

A verdadeira teoria da criação do universo


[Este texto tem um carácter ficcional e vale como um interessante exercício de escrita, de humor e de especulação científica.]

Segundo a teoria de Mariana Mota e Alexandra Rodrigues, o universo não surgiu dum Ovo. Como é possível o infinito nascer dum Ovo Cósmico? Um ovo tem forma oval (nós sabemos que não é um ovo de ave) e o infinito não tem forma, simplesmente não acaba. Já conseguiu imaginar o infinito em volta do Ovo Cósmico? E já agora de que cor é esse Ovo? Deixemo-nos de Ovos!
Pensamos que o sistema Solar se formou do próprio Sol, e o primeiro planeta a aparecer foi Neptuno, depois Urano, Saturno e Júpiter. Passados alguns milhares de anos, o Sol formou Marte, que na altura se situava no local onde mais recentemente apareceu a Terra.
Tinha uma temperatura estável, mas, tal como na Terra, os Marcianos eram ignorantes e não pensaram no futuro.
Até que, em dias terrestres, Marte durou mil milhões de milhares de biliões de anos, 5 meses, 4 horas, 3 minutos, 2 segundos e 1 milésimo de segundo. Marte é encarnado, o planeta do fogo - tal se deve ao facto de Marte ter explodido, ficando só com um pouco de água nos pólos, como sabem e muito bem os cientistas. Foi assim que apareceu a Terra, um planeta que, na verdade, se deveria denominar “Mar”, tal é a quantidade de água que aqui existe. Ao formar a Terra, o Sol criou mais dois planetas passados uns 50 anos para nos separar bem da próxima vida. Segundo nós, neste momento está um outro planeta, até agora denominado X, dentro do Sol. Ele aparecerá no momento do juízo final. Os restantes astros afastar-se-ão, e surgirá a vida no outro planeta X, que no futuro se chamará “Deus”.
Quanto à Terra, explodirá, acontecendo o mesmo que a Marte, ficará com um pouco de água gelada nos pólos e esta ficará com uma cor esverdeada, devido ao verdete do mar.

Nota: Marte ficou com cor encarnada porque tinha mais terra do que água.


Alexandra Rodrigues 12 anos 7ºA
Mariana Mota 12 anos 7ºA

Wednesday, February 7, 2007

Poesia


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Poesia da minha vida,
liberta alma,
liberta gente,
acalma,
leva tudo à frente

Enche corações
de muitas populações,
é um mundo
profundo,
cheio de emoções

Por não ser muito falada
acaba por ser esquecida,
banida,
como uma ferida entranhada
à espera de ser encontrada

Com a poesia comecei,
com a poesia terminarei,
do princípio ao fim,
o que eu queria passar era
o significado da poesia para mim
.
..
..
.................Aluno do 8º B
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Sunday, January 21, 2007

Evasão

A imagem transmite tranquilidade. Ao longe o sol começa a nascer preguiçosamente, espalhando a sua luz ofuscante sobre o infinito horizonte.
Na ilha principal, os imponentes planaltos protegem lealmente a ilha de visitantes indesejados, observando altivamente ao seu redor, quais águias senhoriais.
Nas planícies erguem-se luxuosos coqueiros, timidamente tocados pela brisa matinal.
No solo, crescem pequenas árvores, fraternalmente protegidas pelos magníficos coqueiros, sendo subtilmente beijadas pela límpida e mansa água.

Claúdia Fonseca, 9º ano

Um local idílico

As águas límpidas brilham como esmeraldas, a areia branca e fina lembra-nos a pureza de uma criança. O enorme céu azul delimita o mar, que parece não acabar com a sua grande beleza; em cima dele estão algumas cabanas que nos recordam o amor existente entre o homem e a mulher.
Ana Cristina Ferreira e Catarina Canteiro, 9º ano

Saturday, January 20, 2007

Gelo




O gelo frio ergue-se sobre as águas agitadas, como um imponente deus do oceano que tenta alcançar a liberdade, chegando ao divino Olimpo.
Nesta paisagem gelada contempla-se vida, uma colónia de pinguins que se mantém unida face ao insuportável clima.


(Miguel Duarte e Rui Agostinho, 9º ano)

Cavalos




Os cavalos transmitem um olhar de solidão. O cavalo da esquerda e o do meio estão de orelhas erguidas, em sinal de desconfiança. Eu gosto de ver cavalos no seu habitat natural, sem interromperem o seu quotidiano. Tudo está coberto de ervas e arbustos e um pequeno ribeiro rasga a serra como uma parede musgosa.

(David Cardoso, 9º ano)

Refúgio


Ao longo dos campos verdes e discretos, com vista para o oceano, inicia-se uma escadaria esplendorosa com rumo para outra vida, decorada com pequenas plantas e uma pomba branca, para nos dar as boas-vindas. Lá no fundo da escadaria reluzente e desconhecida, observamos uma luz misteriosamente enroscada no meio das nobres nuvens que maternalmente a acolhem.


Ana Margarida Neto, 9º ano

HAMLET IS BACK .ARNOLD SCHWARZENEGGER .TRAILER . AMDSFILMS

Este é um trailer de um filme com base na peça 'Hamlet', que nunca foi realizado. Se quiserem conhecer a peça, leiam o resumo que a Rute do 7º B escreveu. (Ver próximo post.)

Resumo de 'Hamlet', de William Shakespeare


Há alguns séculos atrás, sobre as ameias do castelo de Elsinor, na Dinamarca, os guardas reais viram o fantasma do rei Hamlet, que tinha sido morto poucos meses antes. O rei Hamlet, depois de ter vencido em duelo Fortimbrás, rei da Noruega, ficou senhor de alguns territórios que pertenciam ao monarca norueguês. Agora o jovem Fortimbrás, filho do velho rei vencido, andava pelos Fiordes da Noruega reunindo homens e navios para poder recuperar essas terras.
Os guardas resolveram pôr o príncipe Hamlet, filho do falecido rei Hamlet, a par da situação. O infante decidiu então ficar de vigília com os soldados para ver o fantasma do seu pai. Ao chegar ao local, o fantasma do rei apareceu e revelou que não tinha sido morto por uma serpente venenosa, mas sim pelo veneno que o seu irmão Claudius, que agora se sentava no trono da Dinamarca, lhe tinha colocado na cavidade do ouvido, enquanto ele dormia no jardim. O motivo do crime era claro: permitia a Claudius casar com a mulher do rei e subir ao trono. O príncipe Hamlet promete ao pai punir o seu tio Claudius pelo assassinato.
Hamlet decide simular que está louco como estratégia para descobrir se, de facto, o seu tio Claudius assassinou o velho rei. Todos pensam que o príncipe tinha enlouquecido: a sua mãe, o tio, Ofélia (a jovem que ele ama) e o pai desta, Polónio. Hamlet comporta-se como um louco na corte da Dinamarca. A certa altura, Hamlet mata Polónio, confundindo-o com um rato, porque o pai de Ofélia estava a espiar o príncipe, a mando do rei. A morte de Polónio chegou aos ouvidos de Claudius, e este, indignado com o sucedido, decide mandar o príncipe para Inglaterra. O rei escreveu uma carta para o rei de Inglaterra pedindo que este matasse Hamlet mal este chegasse. Mas o príncipe descobriu a missiva e resolveu alterá-la. No terceiro dia de viagem, o barco onde ia foi atacado por um navio de piratas. Hamlet ofereceu dez mil coroas para os piratas o levarem de volta a Elsinor.
Entretanto, o filho de Polónio, Laertes, regressou à Dinamarca com a intenção de se vingar do homem que matou o seu pai. Quando lá chegou teve a notícia de que a sua irmã tinha morrido ao tentar subir a um ramo para pendurar grinaldas de flores. O ramo partiu-se, e Ofélia morreu afogada. Com a chegada de Hamlet ao castelo, o rei mobilizou Laertes para matar o príncipe Organizou, então, um torneio de esgrima, preparando o momento para Laertes matar Hamlet. Durante o combate, Hamlet é ferido pela espada envenenada do seu adversário enquanto a sua mãe bebe uma taça de vinho com veneno, que lhe era destinada. A rainha, que estava prestes a morrer, grita para o seu filho que o copo estava envenenado, e morre! De seguida o filho do rei Hamlet fere mortalmente Laertes. Este confessa que a sua espada estava envenenada e que Hamlet também iria acabar por morrer. Além disso, diz que tinha sido o rei a planear tudo para poder matar o príncipe. Hamlet avança para Claudius e trespassa-o com a sua espada envenenada.
Quando o Horácio (um grande amigo do príncipe) vai ter com o filho do rei Hamlet, para lhe anunciar que o jovem Fortimbrás tinha chegado ao castelo, reparou que Hamlet estava prestes a morrer. Foi então que o príncipe decidiu que quem iria subir ao trono era o jovem Fortimbrás, e logo de seguida morre. Por fim é o jovem Fortimbrás que sobe ao trono e são disparadas salvas de artilharia pelo filho do rei Hamlet.


Rute, 7º B

Diário (ficcional) de Salgueiro Maia



Dia 24 de Abril de 1974

Hoje é um dia crucial nas nossas vidas. Estamos no dia 24 de Abril e para amanhã está prevista a maior mudança em Portugal do século XX. Todo o esforço está canalizado para este grande dia. Todos os militares estão conscientes das responsabilidades; mas também persiste o medo, o medo de sermos descobertos, de que tudo falhe como falhou na primeira tentativa de revolução, em Março deste ano.

O ambiente está muito tenso, de cortar à faca. Todos estão a postos, o grande dia aproxima-se e dá-se uma revisão geral no plano. Não é uma revisão de fundo, apenas o suficiente para todos saberem o que fazer.

O grande dia vem aí…


Dia 25 de Abril

O grande dia chegou; o país parou para assistir.

Estava em marcha a revolução que nós tanto queríamos para mudar o rumo do meu país, o país que eu amo. Fomos em direcção a Lisboa. A colocação dos nossos tanques foi estratégica. Passámos por grandes dificuldades mas alcançámos o nosso destino.

Chegámos ao Largo do Carmo onde estava Marcelo Caetano. Cercámos o quartel e encetámos negociações, que foram difíceis. De início, e contra os nossos princípios, tivemos de alvejar as janelas do Quartel do Carmo. O nosso objectivo não era usar armas, mas sim fazer uma revolução. O governo acabou por se render. Vencemos. E a alegria contaminou todos.
No fim, retiraram-me da operação. O General Marques assumiu o comando dos acontecimentos e eu levei Marcelo Caetano até ao exílio.


Dia 26 de Abril

Depois do grande dia, a ordem foi reestabelecida e a população está feliz.

Esperam-nos tempos difíceis a nível político mas também nos esperam a liberdade e a participação portuguesa na vida política. Os anos de repressão acabaram, as pessoas sentem-se leves e a ditadura nunca mais voltará.

O esforço foi grande, a recompensa ainda maior: ver felicidade na vida das pessoas faz-me feliz. Sinto-me um homem normal, mas com o sentido de dever cumprido pois terminámos com a ditadura.

Agora é altura de descansar e aproveitar a liberdade que há muito nos fugia.Viva Portugal, Viva o 25 de Abril.
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Rúben Mateus e Luís Rua, 10º C

Parodiando o Padre António Vieira


O elogio da Sardinha

Quantas pessoas existem na terra que não louvem a sardinha? Aquele peixinho de medidas reduzidas com uma tão grande força e cumplicidade. Aqueles peixinhos que até na hora da morte se mantêm unidos.

Se houve na terra sardinhas com tanta cumplicidade como as do mar foram os batalhões, os exércitos e as tropas militares. Essas sardinhas que enfrentavam qualquer perigo sempre unidas. Essas sardinhas que sozinhas eram facilmente derrotadas, mas unidas eram praticamente invencíveis.

Pois bem, peixes! Este é o conselho do vosso pregador. Unam-se como as sardinhas. Unam-se para acabar com a corrupção da terra. Unam-se para que o sal possa salgar a terra e para que esta se deixe salgar.


Cardume de sardinhas que se matém unido durante um ataque
de tubarões.

Claúdia e Inês, 11º B

Garrett e Azambuja




O escritor Almeida Garrett, figura de proa do Romantismo português, não foi aluno da nossa escola. Mas tal não o inibiu de escrever sobre o pinhal de Azambuja no seu livro Viagens na Minha Terra. Estas impressões celebrizaram Azambuja na Literatura Portuguesa. Parece-nos que estas notas são um bom texto para iniciar o blogue.
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"Aí está a Azambuja, pequena mas não triste povoação, com visíveis sinais de vida, asseadas e com ar de conforto as suas casas. É a primeira povoação que dá indício de estarmos nas férteis margens do Nilo português. [Cap. 2]
[...]
Este é que é o pinhal da Azambuja?Não pode ser.Esta, aquela antiga selva, temida quase religiosamente como um bosque druídico! E eu que, em pequeno, nunca ouvia contar história de Pedro de Mala-Artes que logo, em imaginação, lhe não pusesse a cena aqui perto!... Eu que esperava topar a cada passo com a cova do Capitão Roldão e da dama Leonarda!... Oh! que ainda me faltava perder mais esta ilusão...
[...]
Por quantas maldições e infernos adornam o estilo dum verdadeiro escritor romântico, digam-me, digam-me: onde estão os arvoredos fechados, os sítios medonhos desta espessura? Pois isto é possível, pois o pinhal da Azambuja é isto?... Eu que os trazia prontos e recortados para os colocar aqui todos os amáveis Salteadores de Schiller, e os elegantes facínoras de Auberge-des-Adrets, eu hei de perder os meus chefes d’obra! Que é perdê-los isto — não ter onde os pôr!Isto não pode ser! Uns poucos pinheiros raros e enfezados através dos quais se estão quase vendo as vinhas e olivedos circunstantes!... é o desapontamento mais chapado e solene que nunca tive na minha vida — uma verdadeira logração em boa e antiga frase portuguesa.E contudo aqui é que devia ser, aqui é que é, geográfica e topograficamente falando, o bem conhecido e confrontado sítio do pinhal da Azambuja.Passaria por aqui algum Orfeu que, pelos mágicos poderes de sua lira, levasse atrás de si as árvores deste antigo e clássico Mênalo dos salteadores lusitanos.Eu não sou muito difícil em admitir prodígios quando não sei explicar os fenômenos por outro modo. O pinhal da Azambuja mudou-se. Qual, de entre tantos Orfeus que a gente por aí vê e ouve, foi o que obrou a maravilha, isso é mais difícil de dizer. Eles são tantos, e cantam todos tão bem! Quem sabe? Juntar-se-iam, fariam uma companhia por ações, e negociariam um empréstimo harmônico com que facilmente se obraria então o milagre. É como hoje se faz tudo; é como se passou o tesouro para o banco, o banco para as companhias de confiança... por que se não faria o mesmo com o pinhal da Azambuja?
[Cap. 5]"

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